domingo, 4 de abril de 2021

 

TAP perde terreno para a concorrência, futuro ditará se o ‘ataque’ é temporário

A transportadora portuguesa tem estado a perder mercado para as concorrentes, resta saber se são recuos circunstanciais ou se vieram para ficar. Para já, poderão tratar-se de casos pontuais, fruto de alguns países terem fechado as portas a Portugal, mantendo-as abertas a outros países. Nos primeiros meses do ano, a alemã Lufthansa, por exemplo, estava a fazer um voo diário para São Paulo, transportando passageiros que chegavam ao seu hub vindos de Lisboa ou com destino a Lisboa, uma atividade que na mesma altura estava vedada à TAP. O mesmo aconteceu com voos para Angola. Casos que causaram alguma perplexidade internamente e no sector. Tratar-se-á apenas de alterações casuísticas? Eventualmente. Mas não é certo que assim seja. Os números de fevereiro são traumáticos para a TAP, já que a companhia perdeu 95,1% dos passageiros transportados face a fevereiro de 2020, mês que antecede o início da pandemia. Das 15 principais companhias que voam regularmente para Portugal, só a Ryanair (95,8%) perdeu mais passageiros do que a TAP. A KLM, por exemplo, apresentou um recuo de “apenas” 62,1%, a Air France fica-se pelos 69,8% e a Iberia nos 88,1%. A açoriana SATA foi a companhia com menos danos, perdeu 57,5% dos passageiros.

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